segunda-feira, 24 de março de 2014

23 -COMIDAS


O aroma agradável de um alimento bem preparado pode ser comparado com o efeito que a música produz para nós. O oposto também é reciproco. Algumas canções nos trazem um saboroso gosto de comida (ou não).
Quando o tema é  COMIDA, muitas canções  da MPB podem ser citadas. Tem comida pra tudo quanto é gosto. É só abrir o cardápio  e se servir... Há uma grande quantidade de músicas brasileiras que falam de comida. Vamos rever algumas?
Dorival Caymmi pode explicar isso melhor. Afinal, dois de seus sambas se tornaram receitas do nosso cancioneiro popular. Quem não conhece o clássico “Vatapá”, uma canção de dar água na boca, ou então pensar “No Tabuleiro da Baiana”, com seus quitutes maravilhosos.
           Já Gonzaguinha brilhou com o famoso “Feijão Maravilha” que não pode faltar na mesa do brasileiro. Chico Buarque, por sua vez, vem ensinar em letra como se faz uma verdadeira feijoada. E em nossa marmita cabe tudo: enquanto Dito vai de ovo frito, Beleza trouxe “arroz com feijão e um torresmo à milanesa”, feita por sua amada, Tereza,  no famoso samba de Adoniran.
Muitas receitas prontas para quem quiser arriscar dar uma de mestre cuca: Clara Nunes ensinou a fazer  “Peixe com Coco”, a roqueira Rita Lee nos dá a receita de “Macarrão com linguiça e pimentão”.

Agora chega de dar água na boca, e vamos saborear um delicioso cardápio musical na interpretação de Zeca Pagodinho, Marisa Monte, Gal Costa, Beth Carvalho, Eliana, Frenética e outras vozes da música brasileira. Bom apetite e boa diversão!



CLIQUE NA IMAGEM PARA AMPLIAR



DOWNLOAD AQUI


domingo, 9 de março de 2014

22 -BREGA

Brega é um gênero musical brasileiro. Todavia, sua conceituação como estética musical tem sido um tanto difícil - uma vez que não há um ritmo musical propriamente "brega" - e alvo de discussões por estudiosos e profissionais do meio musical. Mesmo sem ter estabelecidas características suficientemente rígidas, o termo praticamente foi alçado à condição de gênero. A origem do termo "brega" é desconhecida e bastante discutida. Uma hipótese é que venha dos prostíbulos nordestinos em que esse tipo de música era usado para embalar os romances de aluguel. Aventa-se que o termo derive do "Nóbrega" da Rua Manuel da Nóbrega, em Salvador - rua esta que ficava numa região de meretrício da capital baiana.
Na Enciclopédia da Música Brasileira, de Marcos Antônio Marcondes, o "brega" é caracterizado como a "música mais banal, óbvia, direta, sentimental e rotineira possível, que não foge ao uso sem criatividade de clichês musicais". Para Lúcia José, o "brega" teria estruturas sonoras "organizadas e mantidas sem oposição, provocando nos ouvintes uma pasteurização em que todos os arranjos ganham um mesmo assobio". Há especialistas, no entanto, que divergem da rotulagem "brega" e atacam marginalização dos artistas "cafonas" na historiografia oficial da musical brasileira, escrita por "uma categoria privilegiada que assume a função e o papel dos legitimadores do gosto" que descarta músicos e tendências musicais não condizentes "com suas perspectivas identitárias".
 O termo passou a estigmatizar artistas como Paulo Sérgio, Altemar Dutra, Odair José, Reginaldo Rossi e Waldick Soriano dentro do amplo leque da música brasileira. Na segunda metade dos anos setenta, uma "nova vertente cafona" surgia com destaque. Era um estilo de roupagem "moderna”, bastante influenciada pela discotéque e o pop dançante em voga à época, e que enfatizada danças e gestos sensuais (para alguns, no limite da vulgaridade). Este "novo cafona" foi capitaneado por artistas como Sidney Magal e Gretchen. Além das tendências românticas, a década de 80 marcou a ascensão de outros gêneros considerados de baixo valor artístico, como a axé-music. Havia também artistas do brega propriamente dito, como Ovelha, Nahim e Harmony Cats, hoje lembrados nas festas "trash"

Trazemos nessa edição uma coletânea representativa do gênero brega como Sidney Magal, Odair José, Fernando Mendes, Jane e Herondy, Reginaldo Rossi e outros nomes que marcaram época.


CLIQUE NA IMAGEM PARA AMPLIAR

                                             DOWNLOAD AQUI

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

21 - JOVEM GUARDA

A Jovem Guarda foi um movimento cultural brasileiro, surgido em meados da década de 1960, que mesclava música, comportamento e moda. Fenômeno midiático que arrastou multidões, também designado como iê-iê-iê, em alusão direta a musica dos Beatles, a Jovem Guarda era vista com restrições por setores da crítica, uma vez que sua música era considerada alienada pelo público engajado, mais afeito, primeiro à bossa nova e, depois, às canções de protesto dos festivais. Certamente essas críticas são equivocadas tendo em vista que a Jovem Guarda também era um movimento rebelde já que os artistas cantavam e tocavam Rock, um gênero musical estrangeiro que não era muito aceito pela sociedade ufanista brasileira na época. Cantando Rock, esses artistas já estavam desafiando a sociedade e sendo rebeldes. Outro fator importante era o uso da guitarra elétrica, os artistas da Jovem Guarda utilizavam esse instrumento mesmo ele sendo mal visto pela sociedade brasileira justamente por ser um instrumento estrangeiro. Várias pessoas chegaram a fazer campanha contra a guitarra elétrica nos anos 60, ou seja, se um artista tocasse guitarra elétrica, também estava desafiando o sistema.
Amparado por gravadoras e campanhas publicitárias, rapidamente o movimento repercutiu em termos de vendagens e de popularização dos seus ídolos. Fenômeno de audiência, o programa de auditório “Jovem Guarda”,  levava ao Teatro Record centenas de jovens, atraídos pelos trio Roberto-Erasmo-Wanderléa, além de artistas  como  Ronnie Von, Eduardo Araújo, George Freedman,  Wanderley Cardoso, Sérgio Reis, Sérgio Murilo,  Arthurzinho, Ed Wilson, Jerry Adriani, Evinha, Martinha, Lafayette, Vanusa, além de bandas como Golden Boys, Renato e Seus Blue Caps, Leno e Lílian, Deny e Dino, Trio Esperança, Os Incríveis, Os Vips e The Fevers.
 A Jovem Guarda impulsionou o lançamento de discos, roupas e diversos acessórios. Todo um comportamento jovem daquele período foi formatado a partir do programa e seus apresentadores. O modo de se vestir (calças colantes de duas cores em formato boca-de-sino, cintos e botinhas coloridas, minissaia com botas de cano alto) bem como as gírias e expressões ("broto", "carango", "legal", "coroa", "barra limpa", "lelé da cuca", "mancada", "pão", "papo firme", "maninha", "pinta", "pra frente", e a clássica "é uma brasa, mora?") viraram referência para muitos adolescentes do período.

A seleção que apresentamos nessa edição traz além de Roberto, Erasmo e Wanderléia, ídolos da época como Trio Esperança, Valdirene, Martinha, Eduardo Araújo entre outros..

CLIQUE NA IMAGEM PARA AMPLIAR


DOWNLOAD AQUI

sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

20 - MÚSICA E FUTEBOL


O Brasil é o país do futebol, diz um dito popular e repetido a exaustão, seja nas propagandas ou nos materiais esportivos. . Já a música é outra paixão nacional e viaja o mundo através de diferentes formas e ritmos. Aqui vamos juntar essas duas paixões, seguindo aquela máxima de Jorge Ben, “são coisas nossas”.
            Por ser reconhecido como o “país do futebol”, é natural que surjam canções que falando do assunto. Não interessa o gênero da música, se procurarmos vamos encontrar sempre o futebol inspirando os compositores. Só Jorge Benjor (ou Jorge Ben), é um dos autores que mais se inspirou no futebol para criar verdadeiras pérolas da música brasileira – Fio Maravilha, Umabarauma, Zagueiro, Camisa 10 da Gávea Eu Vou lhe Avisar são algumas de suas composições abordando o tema.
             Muitos outros autores criaram sucesso baseado no tema. Nando Reis e Samuel Rosa criaram um dos maiores hits do mundo pop cantando o futebol (“é uma partida de futebol”) e Chico Buarque faz um sambinha interessante sobre o assunto. Antes, o Trio Esperança havia gravado Replay (“é gol, que felicidade... o meu time é a alegria da cidade”) – refrão que se tornou super conhecido no pais afora..
             Nossa seleção contempla vários estilos e traz nomes consagrados e outros nem tanto. A temática n entanto mantem a mesma: vamos cantar o futebol, junto com Skank, Chico Buarque, Vander Lee, Arranco de Varsóvia, Gal costa, Jackson do Pandeiro e outros importantes intérpretes da Música Tupiniquim.



CLIQUE NA IMAGEM PARA AMPLIAR
 
                                                            
                                                            DOWNLOAD AQUI

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

19 - MÚSICA CAIPIRA


A música sertaneja como tal surgiu em 1929, quando Cornélio Pires, pesquisador, compositor, escritor e humorista, começou a gravar "causos" e fragmentos de cantos tradicionais rurais na região cultural caipira, que abrange a área do interior paulista, norte e oeste paranaenses, sul e triângulo mineiro, sudeste goiano e mato-grossense. Na época das gravações pioneiras de Cornélio Pires, o gênero era conhecido como música caipira, cujas letras evocavam a beleza bucólica e romântica da paisagem, assim como o modo de vida do homem do interior em oposição à vida do homem da cidade. Hoje tal gênero é denominado música raiz, com as letras dando ênfase no cotidiano e maneira de cantar. Entre as duplas pioneiras nas gravações em disco, destacaram-se inicialmente Zico Dias e Ferrinho, Laureano e Soares, Mandi e Sorocabinha e Mariano e Caçula. Estas primeiras duplas cantavam principalmente as chamadas modas de viola, com uma temática bastante ligada à realidade cotidiana.
De 1929 até 1944, na música caipira ou música raiz "os cantadores interpretavam modas de viola e toadas, canções estróficas que após uma introdução da viola (repique) falavam do universo sertanejo numa linguagem essencialmente épica, muitas vezes satírico-moralista e menos frequentemente amorosa”. Os duetos em vozes paralelas eram acompanhados pela viola caipira, instrumento de cordas duplas e vários sistemas de afinação.
.Após a guerra introduzem-se na música caipira novos instrumentos como a harpa, e o acordeom, novos estilos, como os duetos com intervalos variados, o estilo mariachi e novos gêneros, como a guarânia, a polca paraguaia, o corrido, a canção rancheira etc. A polca paraguaia e a guarânia caracterizam-se pela flutuação rítmica de compassos binário composto e ternário simples, em justaposição ou alternância. A canção rancheira é uma espécie de valseado, e o corrido usa a levada da polca europeia, isto é, um binário simples em andamento rápido, enfatizando os inícios de tempo do compasso e usando notas bastante rápidas na melodia. Ainda nesse período pós-guerra surgem novos ritmos como o rasqueado, introduzido no Brasil por Nhô Pai e Mário Zan principalmente, música com andamento moderado entre a polca paraguaia e a guarânia, a moda campeira e o pagode, mistura de catira e recortado, cujo principal representante foi o violeiro mineiro Tião Carreiro. A temática é mais amorosa, conservando, no entanto um caráter autobiográfico.


Trazemos nessa coletânea nomes como Tonico e Tinoco, Tibagi e Miltinho, Irmãs Castro, Pedro Bento e Zé da Estrada, Raul Torres e Florêncio entre outros.


CLIQUE NA IMAGEM PARA AMPLIAR
 

DOWNLOAD AQUI



segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

18 - NOEL ROSA


Quase 300 composições em sete anos. Algumas delas se tornaram verdadeiras obras-primas. Grandes sucessos na época de ouro do rádio. Noel Rosa (1910-1937), franzino, mulherengo e boêmio, nascido na Vila Isabel pelo fórceps que lhe marcou o queixo, era gênio. Sambista de mão cheia criou verdadeiras poesias em suas letras - poesia amorosa ou social, alegrias ou tristezas... Tudo virava poesia.
Reconhecido como o grande nome do moderno samba urbano, influenciou outras tantas personalidades ligadas ao samba. Apesar de seu pouco tempo de vida, aproveitou como pode tudo que a vida oferecia: desde as aulas de medicina (largou no 3º ano) aos bares e bordéis, conheceu a fama a partir do sucesso de "Com que Roupa?", em 1930. Essa era uma canção como tantas outras que faria inspirada em sua vida: por causa de sua saúde frágil, a mãe escondia suas roupas para que não saísse à noite.
Muito amigo dos malandros e figuras da noite carioca, teve inúmeros parceiros em suas composições, especialmente Ismael Silva ("Para Me Livrar do Mal") e Vadico ("Conversa de Botequim", "Feitio de Oração"). Também criou inúmeros sucessos sozinho, (“Fita Amarela”, “Palpite Infeliz”, “Último Desejo”), na calada da noite, com o indefectível cigarro pendido na boca.
A tuberculose e a boemia foram demais para os pulmões fracos. Como os grandes mitos, morreu com 26 anos. Mas suas canções tornaram-se imortais.

Juntamos nessa edição grandes nomes para interpretar as músicas de Noel Rosa, como Ney Matogrosso, Caetano Veloso, Beth Carvalho, João Nogueira entre outros.


CLIQUE NA IMAGEM PARA AMPLIAR 
                                                
                                                  DOWNLOAD AQUI


terça-feira, 17 de dezembro de 2013

17 - NOME DE MULHER

Uma característica marcante na música brasileira é a quantidade de letras dedicadas às mulheres. Muitas musas iluminam os poetas, independente da época, do gênero ou do talento dos artistas. Quantas mulheres não procuraram no cancioneiro popular, aquela música como seu nome no titulo ou na letra...

Praticamente todos grandes autores dedicaram letras as mulheres do Brasil De Chico Buarque a Roberto Carlos e Milton Nascimento, passando por Jorge Benjor, o rei das canções dedicadas as musas, sempre vamos encontrar um sucesso tocando no rádio, cujo nome referencia as meninas brasileiras.

Nossa seleção, dessa vez trás uma coletânea de canções cujo titulo nos lembra nomes de mulheres, organizando 15 delas que vão do samba de Clara Nunes ao rock de Raul Seixas, passando pela jovem guarda com Robert Livi, o deboche de Léo Jaime, a versão de Carlos Gonzaga para o grande clássico Diana entre outras preciosidades.

Poderíamos ter 50 ou 100 músicas, pois a lista é enorme. Resolvemos apresentar uma seleção bem representativa do tema. Esperamos que seja do agrado de todos.


Boa diversão...



CLIQUE NA IMAGEM PARA AMPLIAR

 
DOWNLOAD AQUI